Diabetes em Cães: 7 Sintomas que Você NÃO Pode Ignorar!

Seu cão está bebendo muita água e urinando em excesso? Conheça 7 sintomas de diabetes em cães que você NÃO pode ignorar! Saiba mais sobre a doença, o diagnóstico e o tratamento.

Assim como nós, nossos amigos de quatro patas também podem desenvolver diabetes. Esta doença crônica, que interfere na capacidade do organismo de regular o açúcar no sangue (glicose), requer atenção e cuidados especiais para garantir uma boa qualidade de vida ao seu cão.

Neste guia completo e aprofundado, vamos mergulhar no mundo da diabetes canina, explorando os 7 sintomas mais comuns que você NÃO pode ignorar. Mas vamos além da simples identificação dos sintomas! Abordaremos também as causas, os tipos de diabetes, o diagnóstico, as opções de tratamento e as complicações. Aprender a reconhecer os sinais e entender a diabetes canina é crucial para garantir que seu cão receba os cuidados necessários e viva uma vida mais feliz e saudável.

Diabetes em Cães: Desvendando o Papel da Glicose e da Insulina

Para compreender a diabetes canina, primeiro precisamos entender como o organismo do seu cão utiliza a glicose, sua principal fonte de energia. Imagine a glicose como o combustível que alimenta as células do corpo do seu cão. Para que a glicose entre nas células e forneça energia, é necessário um hormônio chamado insulina, produzido pelo pâncreas.

Em cães com diabetes, ocorre um problema nesse processo:

  • O pâncreas não produz insulina suficiente: Isso ocorre na diabetes tipo 1, a forma mais comum em cães.
  • As células do corpo não respondem adequadamente à insulina: Isso é chamado de resistência à insulina e é mais comum na diabetes tipo 2, que pode ocorrer em animais obesos ou com doenças hormonais.

Como resultado, a glicose se acumula na corrente sanguínea, causando hiperglicemia (níveis elevados de glicose no sangue). Essa hiperglicemia crônica pode danificar diversos órgãos e sistemas do corpo, levando a uma série de complicações.

7 Sintomas de Diabetes em Cães: Fique Alerta!

1. Aumento da Sede (Polidipsia):

O aumento da sede é um dos sinais mais precoces e característicos da diabetes em cães. A hiperglicemia leva à perda de água pela urina, o que estimula o mecanismo da sede no cérebro, fazendo com que o cão beba água em excesso. Você pode notar que o seu cão:

  • Bebe água com muito mais frequência do que o normal.
  • Esvazia a tigela de água rapidamente.
  • Procura fontes de água em locais incomuns, como vasos sanitários e pias.

2. Aumento da Micção (Poliúria):

O aumento da ingestão de água leva, consequentemente, ao aumento da produção de urina. O cão pode começar a urinar com mais frequência, em maior quantidade e em locais inapropriados. Alguns cães podem até mesmo ter “acidentes” dentro de casa, mesmo sendo treinados para fazer suas necessidades no local certo.

3. Aumento do Apetite (Polifagia):

A polifagia é outro sintoma comum da diabetes em cães. Apesar de comer mais, o cão pode não ganhar peso e até mesmo perder peso, pois a glicose não está sendo utilizada adequadamente pelas células. O organismo, então, começa a quebrar gordura e músculo para obter energia, o que contribui para a perda de peso.

4. Perda de Peso:

A perda de peso em cães diabéticos pode ser gradual ou repentina, e pode ocorrer mesmo que o cão esteja comendo mais do que o normal. Essa perda de peso acontece porque o organismo não consegue utilizar a glicose como fonte de energia e passa a consumir suas próprias reservas de gordura e músculo.

5. Fraqueza e Letargia:

A falta de energia nas células pode causar fraqueza, letargia e falta de disposição para brincar e se exercitar. O cão pode parecer mais cansado do que o normal, dormir mais tempo e demonstrar menos interesse em atividades que antes lhe davam prazer.

6. Catarata:

A catarata é uma opacificação do cristalino, a lente natural do olho. Em cães, a catarata diabética é uma complicação comum e geralmente se desenvolve rapidamente, podendo levar à cegueira em poucas semanas ou meses. A catarata diabética ocorre devido ao acúmulo de sorbitol no cristalino, um tipo de açúcar que se forma quando há excesso de glicose no sangue.

7. Infecções Recorrentes:

A hiperglicemia crônica enfraquece o sistema imunológico, tornando os cães diabéticos mais suscetíveis a infecções, como:

  • Infecções do trato urinário (ITU): A presença de glicose na urina cria um ambiente favorável à proliferação de bactérias.
  • Infecções de pele: A pele seca e com prurido (coceira) pode facilitar a entrada de bactérias e fungos.
  • Infecções respiratórias: Pneumonia e bronquite são mais comuns em cães diabéticos.
  • Infecções de ouvido: A otite externa e a otite média podem ocorrer com mais frequência.
Diabetes em Cães

Fatores de Risco: Quem Está Mais Suscetível à Diabetes Canina?

Embora qualquer cão possa desenvolver diabetes, alguns fatores aumentam o risco:

  • Idade: A diabetes é mais comum em cães de meia-idade e idosos, com pico de incidência entre 7 e 9 anos de idade.
  • Raça: Algumas raças têm maior predisposição à diabetes, como Poodle, Dachshund, Schnauzer Miniatura, Beagle, Yorkshire Terrier, Golden Retriever, Labrador Retriever, Keeshond e Samoieda.
  • Sexo: As fêmeas não castradas têm maior risco de desenvolver diabetes do que os machos ou as fêmeas castradas. Isso ocorre devido à influência dos hormônios sexuais femininos no metabolismo da glicose.
  • Obesidade: A obesidade é um fator de risco importante para a diabetes tipo 2 em cães. O excesso de peso pode levar à resistência à insulina, dificultando o controle da glicose no sangue.
  • Doenças hormonais: Algumas doenças hormonais, como o hiperadrenocorticismo (Síndrome de Cushing) e o hipotireoidismo, podem aumentar o risco de diabetes.
  • Medicamentos: O uso prolongado de certos medicamentos, como corticosteroides, pode aumentar o risco de diabetes.
  • Pancreatite: A pancreatite, uma inflamação do pâncreas, pode danificar as células produtoras de insulina e levar à diabetes.

Diagnóstico: Desvendando o Enigma da Diabetes Canina

O diagnóstico da diabetes em cães é feito com base na combinação de fatores:

  • Histórico clínico detalhado: O veterinário irá fazer perguntas sobre os sintomas do cão, seu histórico médico, dieta, estilo de vida, presença de outros sintomas e histórico familiar de diabetes.
  • Exame físico completo: O veterinário irá examinar o cão para verificar sinais de diabetes, como desidratação, perda de peso, aumento do tamanho do fígado e catarata.
  • Exames complementares:
    • Glicemia: Mede os níveis de glicose no sangue. A hiperglicemia persistente é um forte indicador de diabetes.
    • Frutosamina: Mede os níveis médios de glicose no sangue nas últimas 2-3 semanas. É útil para distinguir a hiperglicemia persistente da hiperglicemia transitória, que pode ocorrer em situações de estresse.
    • Urina: A análise de urina pode revelar a presença de glicose (glicosúria) e cetonas (cetonúria). A glicosúria ocorre quando os níveis de glicose no sangue ultrapassam o limiar renal, e a cetonúria indica que o organismo está quebrando gordura para obter energia, um sinal de diabetes descompensada.

Tratamento: Controlando a Diabetes e Proporcionando Qualidade de Vida

O tratamento da diabetes em cães visa restaurar o equilíbrio metabólico, controlar os níveis de glicose no sangue, prevenir complicações e proporcionar uma boa qualidade de vida ao animal. O tratamento é individualizado e baseado nas necessidades específicas de cada cão.

Pilares do Tratamento:

  • Administração de insulina: A maioria dos cães com diabetes necessita de injeções diárias de insulina para controlar os níveis de glicose no sangue. O veterinário irá prescrever o tipo de insulina (insulina de ação curta, intermediária ou longa), a dose e a frequência de aplicação mais adequados para o seu cão. A insulina é administrada por via subcutânea (injeção sob a pele) e o veterinário irá ensiná-lo como aplicar a insulina corretamente.
  • Dieta: Uma dieta balanceada e rica em fibras é fundamental para o controle da diabetes em cães. A dieta ideal deve ser:
    • Rica em fibras: As fibras ajudam a regular a absorção de glicose no intestino, evitando picos de glicose no sangue.
    • Com baixo teor de gordura: A obesidade é um fator de risco para a diabetes e dificulta o controle da doença.
    • Com proteínas de alta qualidade: As proteínas são importantes para a manutenção da massa muscular.
    • Com carboidratos complexos: Os carboidratos complexos são digeridos mais lentamente, liberando a glicose no sangue de forma gradual.
    • Controlada em quantidades: O veterinário irá calcular a quantidade ideal de alimento para o seu cão, levando em consideração seu peso, nível de atividade e necessidades nutricionais.
  • Monitoramento da glicose: O monitoramento regular dos níveis de glicose no sangue é essencial para avaliar a eficácia do tratamento e fazer ajustes na dose de insulina ou na dieta, se necessário. O veterinário irá orientá-lo sobre a frequência ideal de monitoramento e como realizar a medição da glicose em casa (glicemia capilar).
  • Exercícios físicos: Os exercícios físicos regulares são importantes para o controle da diabetes em cães, pois ajudam a aumentar a sensibilidade à insulina e a controlar o peso. No entanto, é fundamental monitorar a glicose antes, durante e após o exercício para evitar a hipoglicemia (queda brusca do açúcar no sangue), que pode ser perigosa.
  • Controle de peso: Se o seu cão estiver acima do peso ou obeso, o veterinário irá recomendar um plano de emagrecimento para ajudar a controlar a diabetes e reduzir a resistência à insulina. A perda de peso pode até mesmo levar à remissão da diabetes em alguns casos.
  • Tratamento de complicações: As complicações da diabetes em cães incluem catarata, neuropatia diabética (danos aos nervos), doença renal crônica, cetoacidose diabética (uma condição grave causada pelo acúmulo de cetonas no sangue) e aumento do risco de infecções. O veterinário irá monitorar o seu cão para detectar precocemente qualquer complicação e instituir o tratamento adequado.
Diabetes em Cães

Prevenção: Reduzindo o Risco de Diabetes Canina

Embora nem todos os casos de diabetes em cães possam ser prevenidos, algumas medidas podem ajudar a reduzir o risco de diabetes canina:

  • Manutenção do peso ideal: A obesidade é um fator de risco importante para a diabetes tipo 2 em cães. Mantenha seu cão em um peso saudável com uma dieta balanceada e exercícios físicos regulares.
  • Alimentação de qualidade: Ofereça ao seu cão uma alimentação completa e balanceada, com ingredientes de qualidade e sem excesso de carboidratos simples e gorduras.
  • Exercícios físicos regulares: Os exercícios físicos ajudam a controlar o peso, aumentar a sensibilidade à insulina e melhorar a saúde geral do cão.
  • Castração: A castração de fêmeas pode reduzir o risco de diabetes, pois elimina a influência dos hormônios sexuais femininos no metabolismo da glicose.
  • Controle de doenças hormonais: Se o seu cão tem alguma doença hormonal, como hiperadrenocorticismo ou hipotireoidismo, é importante controlar a doença para reduzir o risco de diabetes.
  • Visitas regulares ao veterinário: As visitas regulares ao veterinário permitem a detecção precoce de doenças, como a diabetes, e o início do tratamento o mais cedo possível.

Veja sobre: Teste de Alergia em Cães: Tipos, Como Funciona e Onde Fazer

Complicações da Diabetes Canina: Prevenção e Manejo

A diabetes mal controlada pode levar a uma série de complicações, que podem afetar a qualidade de vida do cão e até mesmo colocar sua vida em risco. As complicações mais comuns incluem:

  • Catarata: A catarata diabética é uma complicação frequente e pode levar à cegueira. O tratamento da catarata envolve cirurgia para remoção do cristalino opaco e implantação de uma lente artificial.
  • Neuropatia diabética: A neuropatia diabética é uma complicação que afeta os nervos, causando fraqueza, dor, dormência e perda de sensibilidade. O tratamento visa controlar a glicose no sangue e aliviar os sintomas.
  • Doença renal crônica: A diabetes é uma das principais causas de doença renal crônica em cães. O tratamento visa retardar a progressão da doença renal e controlar os sintomas.
  • Cetoacidose diabética: A cetoacidose diabética é uma complicação grave e potencialmente fatal, causada pelo acúmulo de cetonas no sangue. O tratamento envolve a administração de fluidos, insulina e eletrólitos.
  • Infecções: Cães diabéticos são mais suscetíveis a infecções, como infecções urinárias, infecções de pele e infecções respiratórias. O tratamento das infecções envolve o uso de antibióticos ou antifúngicos.

Diabetes em cachorro: sintomas e tratamento para o seu pet

Conclusão: Cuidando do Seu Cão Diabético com Amor e Atenção

A diabetes em cães é uma doença crônica que exige cuidados e atenção especiais. No entanto, com o diagnóstico precoce, o tratamento adequado e o acompanhamento veterinário regular, os cães diabéticos podem ter uma boa qualidade de vida e viver por muitos anos.

Ao conhecer os sintomas da diabetes, você estará mais preparado para identificar a doença precocemente e procurar ajuda veterinária. Lembre-se: a prevenção, o diagnóstico precoce e o tratamento adequado são fundamentais para garantir o bem-estar do seu cão e permitir que ele tenha uma vida longa, saudável e feliz ao seu lado.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *